Uma das parábolas contadas por Jesus de maior popularidade é a do
Filho Pródigo. Há quem a use para afirmar a disposição que Deus tem de
perdoar, sem que haja a necessidade de qualquer sacrifício expiatório.
Para estes, a morte de Jesus na Cruz não teria caráter expiatório, mas
seria apenas uma demonstração de como desafiar os sistemas deste mundo
pela via do pacifismo e do amor. Jesus seria um revolucionário, mas não o
Salvador dos homens; um pacifista, e não Aquele por cuja morte seríamos
livres de nossos pecados.
Seria esta a mensagem subliminar da parábola do Filho Pródigo?
Não! Teria o perdão dispensado pelo pai ao filho rebelde custado-lhe
alguma coisa? Vamos reexaminar o texto em busca de respostas.
A parábola começa com a apresentação de seus três protagonistas:
"Certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: Pai,
dá-me a parte dos bens que me pertence. E o pai repartiu os bens entre
os dois" (Lc.15:11-12).