segunda-feira, 3 de maio de 2010

Certa vez, Osmar Ludovico escreveu um texto sobre pastores e lobos. Gostaria de contribuir com a discussão sob outro aspecto.

Muitas vezes ovelhas e bodes convivem lado a lado. Isso porque os bodes conseguem a façanha de se esconderem no meio das ovelhas, fazerem-se parecer com elas. No entanto, sua natureza vil desmente a cara piedosa e, até mesmo, ministerial.
* Ovelhas são mansas. Bodes, ariscos.

* Ovelhas obedecem ao Supremo Pastor. Bodes exigem seus direitos.

* Ovelhas aceitam ser guiadas. Bodes querem trilhar seus próprios caminhos.

* Ovelhas precisam de proteção. Bodes são autossuficientes.

* Ovelhas sabem da sua fragilidade. Bodes escondem sua aridez para o “momento oportuno”.

* Ovelhas sabem se contentar com a simplicidade do pasto verde e das águas de descanso. Bodes sempre exigem mais e mais para si.

* Ovelhas são o que são. Bodes vivem um ativismo desenfreado, tentando mascarar a sua própria realidade.

* Ovelhas aceitam o ensino. Bodes querem ser mestres de si mesmos.

* Ovelhas, quando em perigo, buscam ajuda do Supremo Pastor. Bodes dão chifradas.

* Ovelhas aceitam a admoestação. Bodes procuram falsos mestres que somente lhes fale coisas agradáveis aos ouvidos.

* Ovelhas são humildes. Bodes não podem ver um holofote que ficam alvoroçados.

* Ovelhas servem. Bodes se servem.

* Ovelhas pertencem ao Aprisco. Bodes querem demarcar um espaço próprio.

* Ovelhas ouvem a voz do Supremo Pastor. Bodes O desconhecem.

* Ovelhas querem ser como Jesus. Bodes tem Narciso como modelo.

* Ovelhas são do Senhor. Bodes são fruto de satanás infiltrado no rebanho.

Pode acontecer a metamorfose em que um bode se transforme em uma ovelha. Mas não o caminho inverso. Caso algo aparente aconteça, é que a ovelha era um bode esperando sair do armário.
 
Digão traça os bodes da blogosfera aqui no Genizah


Nenhum comentário:

Postar um comentário