quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Holocausto Perfeito

“Completamente sem pecado em sua vida diária, tendo cumprido cada exigência da lei, tendo vivido de tal maneira que ninguém poderia convencê-Lo de pecado, na cruz Ele se ofereceu ‘sem mancha’ a Deus.” - Haldeman

O holocausto é a primeira forma de oferta descrita no livro de Levítico, pois fazia parte de diversas cerimônias de purificação do culto no Tabernáculo. Ele também expressava a mais completa consagração de um ser humano a Deus. Trata-se de um ritual simbólico onde alguém oferecia “VOLUNTARIAMENTE”, em sacrifício a Deus, um animal (novilho, carneiro, etc) macho e perfeito, a fim de receber a remissão de seus pecados. Quero enfatizar a palavra VOLUNTARIAMANTE. Porque essa condição? Na verdade, obrigatório era trazer uma oferta em sacrifício pelo pecado para que o pecador recebesse perdão e expiação “Se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá ao SENHOR, pelo seu pecado, que cometeu, um novilho sem defeito, por expiação do pecado.” (Lv 4.3) porém, era imperfeita a espontaneidade daquele holocausto, a partir da própria vítima - o animal. Ele, como ser irracional, não tinha outra opção nem possibilidade de escolha. Então, a voluntariedade do sacrifício era aceita por causa da vontade do ofertante.
Jesus Cristo, entretanto, quando se entregou por nós - pecadores - como Holocausto Perfeito, entregou-se VOLUNTARIAMENTE em sacrifício: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (Jo 10.17-18). Ninguém O induziu, ou O colocou naquela situação: “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb 9.14). Ninguém tirou a Sua vida. Ele, de sua vontade, a deu: “E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.” (Lc 23.46).
Você consegue imaginar um novilho preso ao altar, pronto para ser sacrificado, mas reagindo àquela situação, no mínimo se debatendo muito para tentar, mesmo que quase sem chances ou forças se livrar daquele sofrimento, daquele castigo que não pertence a ele. Mas não se pode imaginar Jesus Cristo tentando tirar o braço ou afastar a mão para não ser pregada no madeiro. Não se pode imaginar que qualquer pessoa tivesse de segurá-lo para que os outros O pregassem naquela cruz. Ele era o Holocausto Perfeito.
Ao longo dos anos sempre observei as pessoas que fazem algo na Igreja dizerem que são “VOLUNTÁRIAS” no Reino. Talvez seja por isso que exista tanta falta de compromisso e de zelo para com as coisas do Senhor, por exemplo, podemos chegar atrasados para o ensaio do louvor, mas não para o trabalho, ou para encontrar com o (a) namorado (a). Podemos faltar aos cultos para estudar para uma prova difícil, ou até mesmo para receber em casa uma visita que mora distante. Mas às vezes até doentes vamos assistir ao jogo de futebol, encontrar com a galera pra tomar um lanche... Enfim, será que Deus conta mesmo com esse tipo de “VOLUNTARIADO”?
A verdade é que Deus conta conosco para a Sua obra, não de maneira desleixada, descompromissada, NÓS NÃO SOMOS VOLUNTÁRIOS DE CRISTO, SOMOS CO-HERDEIROS DE CRISTO. Não devemos fazer nada em favor do Reino por medo ou obrigação, mas sim por amor, satisfação e total gratidão ao Filho de Deus, que nos amou mais, que nos amo muito, que nos amou primeiro.
A cruz é a consumação de uma vida na qual Deus ocupa o primeiro lugar!

Kênia Siqueira


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